sexta-feira, 18 de setembro de 2009

"Meu Tio" X "Lições de Arquitetura"

Imagem criada a partir de uma das inúmeras imagens do livro de Herman Hertzberger conjunta com personagens do filme "Meu Tio". Trabalho realizado no Adobe Photoshop com instrumentos de recorte e colagem.




segunda-feira, 7 de setembro de 2009

terça-feira, 1 de setembro de 2009

VIK MUNIZ


Olhe a sua volta: há um mundo de coisas para as quais você não dá a menor importância. Poeira ? Você já considerou a poeira como algo possível de ter outro significado? E o lixo, pode ser algo além de ser, simplesmente, lixo? Pois bem, um artista brasileiro - seu nome é Vik Muniz - foi capaz de olhar essas coisas cotidianas e, com elas, recriar possibilidades de apresentar e perceber o mundo.
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Visita ao museu Inimá de Paula que está apresentando a exposição de Vik Muniz, um belíssimo trabalho que está sendo exposto.
O fotógrafo paulistano Vik Muniz gosta de dizer que levou 17 anos para fazer sucesso da noite para o dia. Iniciou sua carreira nos anos 70, mudou-se para Nova York em 1983, mas foi em 1995 que ganhou reconhecimento. Naquele ano, conseguiu emplacar seu trabalho em duas galerias pequenas – ainda assim, numa delas, suas obras estavam tão escondidas que quase tocavam o chão.
Tratava-se da série Crianças de Açúcar, em que ele fotografou imagens de crianças formadas por... açúcar.

Divide residência entre Rio de Janeiro, São Paulo e Nova York. Publicitário de formação, atua como fotógrafo, desenhista, pintor e gravador. Realiza, desde 1988, séries de trabalhos nas quais investiga, principalmente, temas relativos à memória, fazendo uso de técnicas diversas. Emprega nas obras, com freqüência, materiais inusitados, como açúcar, chocolate líquido, poeira e cabelo. Em The Best of Life reproduz, de memória, uma parte das famosas fotografias veiculadas pela revista americana Life, simulando um caráter de realidade às originárias. Com essa operação inaugura sua abordagem das questões envolvidas na circulação e retenção de imagens. Seu processo de trabalho consiste em compor as imagens com os materiais, normalmente instáveis e perecíveis, sobre uma superfície e fotografá-las. Nessas séries, as fotografias, em edições limitadas, são o produto final do trabalho. Sua obra também se estende para outras experiências artísticas como a earthwork e as questões envolvidas no registro dessas criações
Seu talento, embora escondido, não escapou aos olhos de Charles Haggan, crítico de artes do New York Times, que flanava pela galeria. Sua resenha no jornal americano foi o passaporte para aquisições das obras de Vik pelos museus nova-iorquinos Metropolitan Museum of Art e Guggenheim. O Museu de Arte Moderna (MoMA) logo o escalou para a exposição New Photography, a grande porta para o mundo nova-iorquino da fotografia. Treze anos e inúmeras obras e exposições mais tarde, ele é considerado, hoje, aos 47 anos, um dos artistas mais produtivos e valorizados de sua geração. Seu prestígio é tal que ele foi o curador da nona versão da Artist’s Choice (Escolha do Artista), que ocorreu entre os dias 14 de dezembro de 2008 e 23 de fevereiro de 2009. Nesse projeto, criado pelo MoMA em 1989, os artistas exerceram o papel de organizadores da exposição, com liberdade total para escolher obras alheias. Foi a primeira vez que um brasileiro teve essa oportunidade. 
Seu trabalho também pode ser visto no restaurante Bar Boulud, em Nova York: uma série de quadros brancos com manchas de vinho, criada a quatro mãos com o chef Daniel Boulud. Na edição comemorativa de 75 anos da revista americana Esquire, publicada neste ano, pôs um retrato de Vladimir Putin feito de caviar. Vik ainda prepara a capa e mais cinco ilustrações da edição de fim de ano da revista dominical do jornal The New York Times. Essa já é a terceira encomenda da mesma revista. As fotografias feitas por Vik fazem parte do acervo particular e de galerias em São Francisco, Madri, Paris, Moscou e Tóquio, além de museus como Tate Modern e o Victoria & Albert Museum, em Londres, o Getty Institute, de Los Angeles, e o MAM, em São Paulo.
OBRAS